Conjuntamente, há duas leis econômicas que são
pilares do livre-mercado: oferta e demanda (procura). Todos os produtos
ofertados, sem exceção, obedecem à flutuação dessas leis, cuja inobservância
pode ser fatal para os negócios. É importante, pois, que elas sejam aplicadas
pelo empresário analisando a sensibilidade de consumo característica de cada
produto que pretende ofertar. Essa sensibilidade, por sua vez, é classificada
como “elasticidade”. Assim, temos os produtos “Elásticos” e os produtos
“Inelásticos”.
Produtos
Elásticos: bens com substitutos fáceis. Mais sensíveis à mudança de preço.
Dadas as
condições normais de oferta dos produtos (mantendo-se a qualidade e níveis de
quantidade), e ocorrendo uma alteração no preço de vendas, há uma resposta
imediata e inversa na demanda/consumo. Ou seja, ao reduzir-se “x%” no preço de
venda do produto, aumenta-se “y%” na demanda (faturamento). Inversamente, ao se
aumentar “x%” no preço de vendas diminui-se “y%” na demanda. Essa é a característica
básica dos produtos “elásticos”: quando os preços se alteram as pessoas tendem
a aumentar ou reduzir o consumo.
Ex1:
Alguns produtos elásticos: café, carnes nobres (picanha, filé-mignon, etc.),
manteiga (que pode ser substituída por margarina), carro, calçados, celular,
computador, geladeira, etc.
Ex2: Com
o preço do celular reduzido em “x%” sua demanda aumenta em “y%”. Inversamente,
se o preço aumentar “x%” sua demanda diminui em “y%”.
Produtos “Inelásticos:
independe do preço para que ocorra a compra.
Neste
caso, mesmo que se aumentem as quantidades ofertadas e se reduzam os preços,
(mantendo-se a qualidade e níveis de quantidade) a resposta na demanda
mantém-se praticamente inalterada. Ou seja, dependendo do produto pode-se
duplicar a sua oferta, reduzir ou aumentar em “x%” o seu preço de vendas e
mesmo assim o aumento ou contração da demanda se alterará em baixos índices,
muitas vezes próximo de “0” (zero).
Ex. de
produtos “inelásticos”: Sal de cozinha, remédios, etc. Ou seja, ninguém vai
consumir mais sal ou tomar mais remédio só porque os preços foram reduzidos. E
nem deixar de comprá-los porque o preço foi aumentado. A baixa inelasticidade
está presente também, geralmente, nos produtos de alta necessidade (água,
arroz, açúcar, feijão, carne de “segunda”, etc.).
Gerenciar
a “elasticidade” é fator de atenção e preocupação constante no que tange à
produção e comercialização, acompanhando o comportamento do consumidor e
alterando o ritmo da oferta & vendas. Um enfoque importante deve ser
dedicado à sazonalidade (produtos típicos de verão, inverno, etc.).
O planilhamento dos
custos de produção, impostos diretos e indiretos, e a formação do preço de
venda final, deve ser de tal forma a não dar chance aos concorrentes. Por conseguinte,
sabedor do ponto ideal entre preço, oferta e demanda, há que se
produzir/comercializar de forma a não “encalhar” os produtos ou,
contrariamente, ter aumento da demanda e estar com a produção paralisada.
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