quarta-feira, 19 de novembro de 2014

20- Significado do conceito elasticidade preço da oferta e sua relação com variação de receita do produtor;

A sensibilidade que a demanda de cada produto tem em relação ao seu preço ou à renda do consumidor é chamada de elasticidade. O conceito de elasticidade é uma informação bastante útil tanto para as empresas se posicionarem quanto aos aumentos/reduções de seus preços, quanto para a administração pública.
       A elasticidade-preço da oferta é útil para verificar o quão sensível o fornecimento de um bem apresenta-se diante de uma mudança de preço: quanto maior a elasticidade-preço, os produtores e vendedores mais sensíveis estão às mudanças de preço. Um cenário de elasticidade-preço elevado sugere que quando o preço de um determinado bem sobe, os vendedores irão fornecer uma quantidade bem menor do bem que produzem; quando o preço do mesmo bem cai, os vendedores passarão a ofertar quantidades bastantes superiores do mesmo bem. Se a elasticidade-preço for muito baixa, a situação será exatamente oposta, ou seja, que as mudanças nos preços exercem pouca influência sobre a oferta.
           Existem 3 maneiras das variáveis serem apresentadas de acordo com seu comportamento, sendo elas:
1 - oferta unitária - a elasticidade-preço da oferta unitária (igual a 1) quando a uma variação de 1% no preço, corresponde a uma variação de 1% na quantidade oferecida.
2 - oferta rígida - ocorre oferta rígida quando a uma variação de 1% no preço corresponde uma variação inferior a 1% na quantidade oferecida.
3 - oferta elástica - verifica-se uma situação de oferta elástica quando a uma variação de 1% no preço correspondente a uma variação superior a 1% na quantidade oferecida.
Simplificando, isso significa que, respectivamente:              
                 1 -   EPO = 1, ou seja, é unitária
                 2 -   EPO < 1, ou seja, é rígida ou inelástica

                 3 -   EPO > 1, ou seja, é elástica

19- Definição de elasticidade renda da demanda, bens superiores e bens inferiores;

Conceito de elasticidade: Elasticidade-Renda da demanda mede a variação percentual na quantidade demandada de um bem dado uma variação percentual na renda do consumidor.
Bem normal: São bens cuja demanda aumenta com o aumento da renda do consumidor e vice-versa
Bens inferiores: São bens cujo aumento da renda do consumidor gera redução na quantidade demandada.
Por exemplo a carne de segunda, com o aumento da renda é de se esperar que o consumo de carne de segunda caia em razão das pessoas estarem comprando carnes de melhor qualidade. Neste caso, a elasticidade-renda é menor que zero.

Bens superiores: São bens cuja demanda é altamente elástica a renda (Elasticidade > +1). Aumentos de renda do consumidor geram aumentos mais que proporcionais na demanda. Por exemplo, aumento de 10% na renda gera aumento de 30% na demanda.

18- Definição de elasticidade cruzada da demanda, bens substitutos e bens complementares

Elasticidade Cruzada da Demanda
A elasticidade cruzada da demanda mede a variação percentual na quantidade demanda de um bem dado uma variação percentual no preço de outro bem substituto. Por exemplo, de quanto seria o aumento na quantidade demandada de margarina se houvesse um aumento no preço da manteiga.
Efeitos da elasticidade do bem sobre gastos do consumidor:
No caso da demanda:

            Gastos do consumidor = Px Qx
            Receita do produtor     = Px Qx

Se Edx px > 1 (elástico)à   De Px aumentar à Gastos (receita) reduzem
Se Edx px < 1 (inelástico)à   De Px aumentar à Gastos (receita) aumentam
Da oferta do bem X, sabe-se que:

Sx = F (Px, Pz, Py, Pw, ............., preço dos fatores de produção)
  Então:

E sx px = (ΔQx/Qx) /(ΔPx/Px) elasticidade-preço da demanda;
E Sx px = (Δ Qx/Qx) / (ΔPx/Px) elasticidade preço da oferta

            Se E Sx px > 1, oferta elástica
            Se E Sx px < 1, oferta inelástica


Abaixo demonstraremos um cálculo de elasticidade cruzada.
PERÍODO
PREÇO MANTEIGA
DEMANDA POR MARGARINA
JAN/2011
R$10,00
480
FEV/2011
R$10,50
500
Aplicando-se a fórmula:
Entendendo o resultado: para cada variação percentual de 1% no preço da manteiga, a quantidade demanda por margarina aumentará em 0,83%. Por serem bens substitutos é de esperar que o aumento do preço de um produto gere aumento da demanda de seu concorrente. Repare que o resultado apresentado não se pode inferir em quanto reduziu a demanda por manteiga, que pode ou não ter sido de 0,83%. Apenas podemos afirmar que a demanda por margarina deve aumentar em 0,83% para cada 1% de aumento no preço da manteiga. Os consumidores podem ter migrado para outros substitutos que não a margarina, podem ter migrado para a nata, o requeijão, a maionese...
Caso os bens fossem complementares, e não substitutos, é esperado que a elasticidade cruzada da demanda entre eles seja negativa e não positiva como no exemplo apresentado. Vejamos o caso do café e o açúcar. É de se esperar que um aumento das vendas de café gere um aumento no consumo de açúcar. Então um aumento no preço do café, gerará uma redução na demanda por café e consequentemente uma redução na demanda por açúcar.


17- Definição e exemplo de bem elástico e bem inelástico;

Conjuntamente, há duas leis econômicas que são pilares do livre-mercado: oferta e demanda (procura). Todos os produtos ofertados, sem exceção, obedecem à flutuação dessas leis, cuja inobservância pode ser fatal para os negócios. É importante, pois, que elas sejam aplicadas pelo empresário analisando a sensibilidade de consumo característica de cada produto que pretende ofertar. Essa sensibilidade, por sua vez, é classificada como “elasticidade”. Assim, temos os produtos “Elásticos” e os produtos “Inelásticos”.
  Produtos Elásticos: bens com substitutos fáceis. Mais sensíveis à mudança de preço.
     Dadas as condições normais de oferta dos produtos (mantendo-se a qualidade e níveis de quantidade), e ocorrendo uma alteração no preço de vendas, há uma resposta imediata e inversa na demanda/consumo. Ou seja, ao reduzir-se “x%” no preço de venda do produto, aumenta-se “y%” na demanda (faturamento). Inversamente, ao se aumentar “x%” no preço de vendas diminui-se “y%” na demanda. Essa é a característica básica dos produtos “elásticos”: quando os preços se alteram as pessoas tendem a aumentar ou reduzir o consumo.
     Ex1: Alguns produtos elásticos: café, carnes nobres (picanha, filé-mignon, etc.), manteiga (que pode ser substituída por margarina), carro, calçados, celular, computador, geladeira, etc.
     Ex2: Com o preço do celular reduzido em “x%” sua demanda aumenta em “y%”. Inversamente, se o preço aumentar “x%” sua demanda diminui em “y%”.
  Produtos “Inelásticos: independe do preço para que ocorra a compra.
      Neste caso, mesmo que se aumentem as quantidades ofertadas e se reduzam os preços, (mantendo-se a qualidade e níveis de quantidade) a resposta na demanda mantém-se praticamente inalterada. Ou seja, dependendo do produto pode-se duplicar a sua oferta, reduzir ou aumentar em “x%” o seu preço de vendas e mesmo assim o aumento ou contração da demanda se alterará em baixos índices, muitas vezes próximo de “0” (zero).
      Ex. de produtos “inelásticos”: Sal de cozinha, remédios, etc. Ou seja, ninguém vai consumir mais sal ou tomar mais remédio só porque os preços foram reduzidos. E nem deixar de comprá-los porque o preço foi aumentado. A baixa inelasticidade está presente também, geralmente, nos produtos de alta necessidade (água, arroz, açúcar, feijão, carne de “segunda”, etc.).
     Gerenciar a “elasticidade” é fator de atenção e preocupação constante no que tange à produção e comercialização, acompanhando o comportamento do consumidor e alterando o ritmo da oferta & vendas. Um enfoque importante deve ser dedicado à sazonalidade (produtos típicos de verão, inverno, etc.).
O planilhamento dos custos de produção, impostos diretos e indiretos, e a formação do preço de venda final, deve ser de tal forma a não dar chance aos concorrentes. Por conseguinte, sabedor do ponto ideal entre preço, oferta e demanda, há que se produzir/comercializar de forma a não “encalhar” os produtos ou, contrariamente, ter aumento da demanda e estar com a produção paralisada.

16- Significado do conceito elasticidade preço da demanda e sua relação com variação nos gastos;

Elasticidade preço da demanda mede a variação percentual na quantidade demandada de um bem dado uma variação percentual no preço deste bem.
 Ela mede a sensibilidade, a resposta dos consumidores quando ocorre uma variação no preço de um bem ou serviço. De acordo com a elasticidade-preço demanda, pode ser classificadas como elástica, inelástica ou unitária.
 Como o exemplo abaixo mostraremos um cálculo de elasticidade para um produto qualquer, aplicando a formula padrão.

PERÍODO     PREÇO      QUANTIDADE
JAN/2014      R$10,00          500
FEV/2014      R$10,50          480

·Q é a quantidade procurada;
·P é o preço do bem.
·ΔQ é a variação da quantidade
·ΔP é a variação do preço
 Aplicando-se a fórmula:


 Entendendo o resultado: para cada variação percentual de 1% no preço do produto, a quantidade variará em 0,8%. O sinal NEGATIVO da elasticidade indica que a variação na quantidade será em sentido contrário da variação de preço. Se o preço aumentar em 1% a quantidade demandada cairá em 0,8%.

 No nosso exemplo o preço aumentou em 5% (passou de R$10,00 para R$10,50) enquanto nossa quantidade caiu em 4% (passando de 500 para 480). Para verificar a quantidade demandada para as diferentes variações de preço basta multiplicar a variação de preço pela elasticidade. Se variássemos o preço em 15%, a variação na quantidade seria de 12% (15%*0,8).

15- Motivos para deslocamento na oferta e na demanda;

Primeiramente vamos entender o que é Oferta e o que é Demanda.
Demanda: É a quantidade de um bem ou serviço que os consumidores desejam adquirir por um preço definido em um mercado, ou seja, é a procura de um determinado bem (televisão, por exemplo), por quem tem o/a desejo/necessidade em se adquirir a televisão, desde que se tenha condição financeira para realizar a compra. Em outras palavras, a demanda é a quantidade de produtos ou serviços que os consumidores estão dispostos a comprar.
Oferta: É a quantidade de um produto ou serviço disponível para compra.
Por que existe o deslocamento da Demanda e da Oferta?
Quando a demanda é maior do que a oferta, os preços dos produtos tendem a subir, já que os consumidores estão dispostos a pagar mais para obter um determinado item (uma geladeira por exemplo). Olhando pelo lado da oferta, quando ela é maior do que a demanda, os preços tendem a cair, pois existem mais bens disponíveis no mercado, do que interesse em adquiri-los, obrigando com que o preço desse produto abaixe para que se volte a ter procura e assim possa ser vendido. O deslocamento acontece por causa do desequilíbrio da oferta e demanda.
A Demanda depende de uma série de fatores, que explicam a sua variação:
O preço do bem(x) à (Px)
A renda do consumidor à (Y)
O preço de outros bens à (Pz)
Os hábitos e gostos dos consumidores à (H)
Influências na Oferta:
O preço do bem x à (Px)
Preço dos insumos utilizados à (Pi)
Tecnologia à (T)

Preço de outros bens à (Pz)

14- Significado do equilíbrio de mercado;

Dentre tantos verbetes que necessariamente devemos agregar aos nossos conhecimentos, começamos uma série de 3 temas propostos pelo Professor Wagner: O que significa equilíbrio de mercado?
O equilíbrio de mercado é uma compatibilidade de interesse entre produtor e consumidor. Esse equilíbrio se dá quando a procura é igual a oferta. A teoria da procura diz que, quanto maior o preço do produto, menor será sua procura. Enquanto a teoria da oferta diz que quanto maior o preço do produto, maior a quantidade oferecida.  Para haver um equilíbrio entre essas duas teorias então, chamamos de Preço de Equilíbrio.
O mecanismo age da seguinte forma:
Se o preço está acima do equilíbrio, a oferta será maior que a procura (excesso de oferta). O que acontece? Os produtos têm seus preços diminuídos, assim os consumidores o compram.
Se o preço está abaixo do equilíbrio, a oferta será menor que a procura (excesso de procura). O que acontece? Os produtores conseguem incentivos para aumentar os preços e satisfazer a procura.

Para facilitar o entendimento, o gráfico abaixo mostra as curvas de Oferta e Demanda (S e D respectivamente). Podemos notar que há apenas um ponto onde há igualdade entre oferta e procura, ou seja, um ponto de equilíbrio de mercado.

A curva da demanda é inclinada para baixo (negativo) por conta do próprio processo descrito acima. A mesma situação ocorre com a curva de Oferta.

13- Função oferta e curva de oferta de um bem;

O que é a Função Oferta
A função oferta representa a relação entre o preço de mercado de um bem e a quantidade desse mesmo bem que os produtores estão dispostos a produzir e a vender. À representação gráfica da função oferta é dada a designação de curva da oferta. A relação que se verifica entre o preço e a quantidade oferecida é por norma positiva, resultando daí uma curva da oferta com inclinação positiva, o que significa que quanto maior é o preço, maior é a quantidade do bem que os produtores querem produzir e vender. A explicação para esta relação positiva encontra-se no fato dos produtores concluírem que é mais lucrativo afetar maior quantidade de fatores produtivos à produção do bem sempre que o seu preço aumente, situação que se deve à Lei dos Rendimentos Marginais Decrescentes. Em termos muito simples, a Lei dos Rendimentos Marginais Decrescentes explica o facto de que os acréscimos de produção são cada vez menores à medida que se acrescentam sucessivamente mais unidades dos fatores produtivos – desta forma, para conseguir novos acréscimos de produção é necessário que os acréscimos de fatores produtivos sejam cada vez maiores pelo que os acréscimos de custos para produzir sucessivamente mais unidades do bem também sejam cada vez maiores. Tal faz com que o preço exigido pelos produtores para produzirem e venderem sucessivamente mais unidades também seja cada vez maior de forma a compensar os crescentes acréscimos de custos.
Determinantes da Função Oferta:
O pressuposto fundamental para determinar a função oferta é a de que o produtores procuram sempre o lucro, isto é, apenas produzirão mais unidades do se isso lhe proporcionar maior lucro. Assim, a partir do momento em que os custos de produção superam o preço de venda, os produtores preferem deixar de produzir e dedicar-se à produção de outros bens. O custo de produção é, portanto, um dos principais elementos que influenciam a oferta é este é, por sua vez determinado pelo custo dos fatores produtivos e pelo nível tecnológico. Nos fatores produtivos inclui-se, entre outros, as máquinas, a energia, o trabalho, ou mesmo o custo do dinheiro. No caso do nível tecnológico, este refere-se à capacidade de utilização cada vez mais eficiente dos recursos produtivos.
Além dos custos dos fatores produtivos e do nível tecnológico, são também determinantes da oferta os preços dos bens relacionados (se, por exemplo, o preço de um bem substituto sobe, a oferta do outro diminui), a política governamental (por exemplo leis relacionadas com a proteção ambiental que podem limitar a oferta), e diversas influências específicas como a as condições meteorológicas, entre outras.
Representação algébrica da Função Oferta:
Qs(x) = a + bx
Em que “a” e “b” são constantes e “Qs(x)” significa “quantidade oferecida do bem x”

12- Curva de custo, economia de escala e decisão de produção pela maximização de lucro;

Sabendo que o Custo Total = Custo Fixo + Custo Variável, o produtor deve decidir qual quantidade deve produzir. O Custo Total é ascendente e aumenta sua inclinação à medida que as unidades adicionais dão retorno decrescente.
A curva de Custo Total Médio terá forma de U, isto porque a medida que aumenta a quantidade produzida, o custo fixo médio reduz e o custo variável médio aumenta.
Economia de escala: " Quanto maior a fábrica, menor o custo"
Durante a Revolução Industrial notou-se que quanto maior a empresa, apesar de ter um custo total maior, o custo médio de produção será menor.
Adam Smith já afirmava que com a divisão do trabalho, há especialização na função, reduzindo assim o custo unitário.
Se uma empresa faz investimento, mão de obra, equipamentos e matéria-prima, para produzir uma pequena quantidade não conseguirá ter preços competitivos no mercado, e poderá até mesmo ter prejuízos. Mas se começa a produzir em grandes quantidades o custo fixo será diluído diminuindo os custos unitários, ou marginais.
Para Alfred Marshall aumentar a produção a curto prazo, contratar novos trabalhadores que adicionam menos à produção do que os anteriores, aumenta os custos unitários. Porém no longo prazo se a empresa investe na ampliação geral, com sua especialização os custos cairão.
"Obviamente que os ganhos com economias de escala têm limites: por um lado porque estes são cada vez menores à medida que se aumenta a produção tornando-se insignificantes a partir de determinada altura; por outro lado porque a partir de certa altura são ultrapassados pelos custos de complexidade associados ao aumento de dimensão."
A economia de escala é a razão da grande produção de empresas com altos custos fixos, como empresas de tecnologia e petróleo.
Decisão de produção pela maximização do lucro:
O produtor decidirá produzir até quando os custos forem menores que a receita. Mas ele sempre irá procurar reduzir o custo médio maximizando seus lucros. Tendo demanda, para o produtor é mais lucrativo ele aumentar a quantidade até que que o custo total médio seja o mais baixo possível, e o preço esteja constante.

11- Função de produção e princípio da produtividade marginal decrescente;

Bem, primeiramente, procuraremos responder, o que é a Função de produção, qual a sua utilidade e onde pode ser aplicado.
 A função produção indica qual a quantidade máxima de produto que pode ser produzida dada uma determinada quantidade de fatores produtivos e uma determinada tecnologia. Este conceito pode ser aplicado a um produto ou a um serviço, a uma empresa, a um setor de atividade ou mesmo a toda uma economia.
 Algebricamente e de uma forma simplificada, a função produção pode ser apresentada da seguinte forma: Q = Q (L, K), em que Q representa a quantidade de produto produzida e L e K a quantidade de fatores produtivos, trabalho e capital respectivamente.
Tratando-se de economia, é crucial levar em conta e distinguir, o curto e longo prazo, sendo assim:
   Curto prazo: no processo produtivo, o curto prazo é aquele período de tempo no qual pelo menos um dos fatores de produção é fixo. Ou seja, quando consideramos uma fazenda ou sítio, a terra, por exemplo, não será ampliada em extensão (o que envolveria novos investimentos). Numa fábrica ou oficina, o capital físico (máquinas, instalações) também será constante, podendo variar o fator trabalho e as matérias-primas, energia, etc.
    Longo prazo: considera-se aqui um período mais amplo de tempo, no qual todos os fatores são considerados variáveis.
 Terminada a primeira parte da nossa qualificação, voltemos agora a nossa atenção para o princípio da produtividade marginal decrescente, este princípio pode ser conceituado da seguinte forma:  aumentando-se a quantidade de um fator variável, permanecendo fixa a quantidade dos demais fatores, a produção de início crescerá a taxas crescentes; a seguir, após certa quantidade utilizada do fator variável, passará a crescer a taxas decrescentes, ou seja, continuando o aumento da utilização do favor variável, a produção decrescerá.
 Um exemplo clássico é o aumento do número de trabalhadores em certa extensão de terra a ser cultivada. Numa primeira fase a produção aumenta, mas logo se chega a um estado de nenhum aumento na produção, devido ao excesso de trabalhadores em relação à extensão da terra que permanece a mesma

10- Contribuição de A. Marshall;

Marshall cresceu no subúrbio londrino de Clapham e foi educado na Merchant Taylor’s School onde demonstrou aptidão para a matemática. Apesar de ter demonstrado interesse em tornar-se ministro da Igreja anglicana, sua trajetória bem sucedida na Universidade de Cambridge o levou a tomar a decisão de seguir uma carreira acadêmica. Tornou-se professor em 1868, especializando-se em economia política. Ele desejava melhorar o rigor matemático da teoria econômica e transformá-la numa disciplina mais científica. No anos 1870, ele escreveu um pequeno número de trabalhos sobre o comércio internacional e os problemas do protecionismo. Em 1879, muitos destes textos forma compilados em uma obra intitulada A Teoria Pura do Comércio Exterior e A Teoria Pura dos Valores Domésticos (The Pure Theory of Foreign Trade: The Pure Theory of Domestic Values). No mesmo ano, publicou em conjunto com sua mulher, Mary Payley Marshall, a Economia da Indústria (The Economics of Industry).
Em Cambridge, Alfred fora professor de economia política de Mary Payley, uma das primeiras mulheres inglesas a alcançar o grau universitário. Os dois casaram-se em 1877, forçando Marshall a abandonar seu posto em Cambridge em razão das regras daquela universidade sobre o celibato. Ele tornou-se diretor do University College, em Bristol, lecionando novamente sobre economia política. Aperfeiçoou seu Economia da Indústria e o publicou em 1879 como um manual para uso dos estudantes de economia; sua aparência simples apoiava-se sobre fundamentos teóricos sofisticados. Marshall alcançou certa fama com seu trabalho e, após a morte de William Jevons em 1881, tornou-se o mais influente economista britânico de seu tempo.
Em dezembro de 1884, após a morte de Henry Fawcett, Marshall retornou a Cambridge, como professor de economia política. Ali, ele procurou criar uma nova forma para a economia, o que só conseguiu em 1903. Até então, a economia era ensinada sob os tipos de Ciências Morais e Históricas, que não propiciavam a Marshall o tipo de estudante – ativo e especializado – que ele desejava.
Marshall começou a trabalhar em sua obra seminal, os Princípios de Economia (Principles of Economics), em 1881 e consumiu boa parte da década seguinte trabalhando em seu tratado. O seu plano para a obra gradualmente se estendeu para uma compilação em dois volumes de todo o pensamento econômico; o primeiro volume foi publicado em 1890 sendo aclamado mundialmente, o que o colocou entre os principais economistas de seu tempo.
Nas duas décadas seguintes, ele trabalhou para completar o segundo volume dos Princípios, que deveria tratar do comércio internacional, do dinheiro, das flutuações comerciais, dos impostos e do coletivismo. Mas sua atenção obstinada aos detalhes e seu perfeccionismo o impediram de dar conta do fôlego da obra. O segundo volume nunca foi completado e muitas outras obras de menor vulto nas quais ele começara a trabalhar – por exemplo, um memorando sobre política comercial para o ministro inglês das finanças (o Chancellor of the Exchequer) na década de 1890 – foram deixadas incompletas pela mesma razão.
Seus problemas de saúde foram se agravando gradualmente a partir dos anos 1880. Em 1908 ele se aposentou da universidade. Ele esperava continuar trabalhando em seus Princípios, mas sua saúde continuou a deteriorar e o projeto continuou a crescer a cada nova investigação. A explosão da Primeira Guerra Mundial em 1914 o impeliu a revisar suas análises da economia internacional. Em 1919, aos 77 anos de idade, ele publicou Indústria e Comércio (Industry and Trade). Esta obra era um tratado mais empírico que os Princípios e, por esta razão, não alcançou tantos elogios de economistas teóricos quanto aquele. Em 1923, ele publicou Moeda, Crédito e Comércio (Money, Credit, and Commerce) um amplo amálgama de ideias econômicas anteriores, inéditas ou já publicadas, estendendo-se a quase meio século.
Marshall faleceu em sua casa, Balliol Croft, em Cambridge (Inglaterra) aos 81 anos de idade.
De 1890 a 1924 ele foi o fundador respeitado da profissão econômica. Seus alunos em Cambridge tornaram-se figuras proeminentes na economia, como John Maynard Keynes e Arthur Cecil Pigou. Seu mais importante legado foi criar para os futuros economistas uma profissão respeitada, acadêmica e cientificamente, dando o tom daquela área pelo restante do século XX.
Contribuições Teóricas
A economia de Marshall pode ser entendida como uma continuação do trabalho de John Stuart Mill, Adam Smith, e David Ricardo. Ele minimizou a importância da contribuição de outros economistas a sua obra, tais como Vilfredo Pareto e Jules Dupuit, e só com relutância reconheceu a influência de William Stanley Jevons.
O método de Marshall, o qual influenciou boa parte dos economistas ingleses posteriores, consistia em utilizar a Matemática aplicada como meio de investigação e análise de fenômenos econômicos, e o raciocínio lógico e as aplicações práticas (isto é, a aplicação a partir de fatos reais) como meio de exposição desses mesmos fenômenos. Assim, considera-se que seu método analítico-matemático foi uma de suas maiores contribuições para a moderna Ciência Econômica.
A introdução do elemento tempo, por Marshall, na teoria econômica conseguiu unir as duas mais fortes e antônimas teorias, de sua época, sobre o valor.
Segundo a Economia Política Clássica, o valor é agregado pelo trabalho no processo de produção; é, por conseguinte, o custo de produção. Por outro lado, a Escola Marginalista entendia o valor de uma mercadoria através da capacidade da mesma em satisfazer necessidades humanas, sendo definida pela utilidade marginal.
Com a introdução do fator tempo, na distinção entre longos períodos e curtos períodos, Marshall conseguiu determinar a importância tanto do custo de produção (para longos períodos) como da utilidade marginal (para curtos períodos), na formação do valor das mercadorias.
Todos os textos de Economia anteriores a Marshall referem-se à matéria tratando-a de “economia política” (political economy). Marshall, embora se opusesse ao conceito de homo economicus, por considerá-lo excessivamente simplificador, e procure considerar o indivíduo enquanto agente econômico sempre inserido num determinado contexto sociocultural, abandonou essa denominação e passou a se utilizar da expressão “economia” (economics).
Nesse sentido, como afirma Ricardo Feijó, Marshall representou um marco institucional na história da moderna Economia. Introduziu o nome Economics em substituição ao anterior Political economy, para designar o novo estilo de se fazer ciência econômica; fundou o primeiro curso especializado de Economia e seu livro de 1890, Princípios de economia, foi o principal manual dessa disciplina por mais de 30 anos.
De fato, ainda segundo Ricardo Feijó, antes de Marshall, em Cambridge a Economia era ensinada apenas como parte das ciências históricas e morais, e não era objeto de trabalhos mais avançados. Marshall fez da Economia uma profissão. Durante muitos anos ele lutou, nem sempre com sucesso, para ampliar o âmbito da Economia, e só em 1903 inaugurou-se um novo curso especializado em Economia, o primeiro curso exclusivamente dedicado à formação do profissional nesse campo de que se tem notícia (Na verdade, a nova escola de Economia de Cambridge intitula-se “Economia e Política”, conservando esse nome até hoje. Como indica o nome da escola, trata-se de especialização também em Ciências Políticas). Com ele, tal ciência (a Economia) adquire o status de saber autônomo cientificamente qualificado, uma área técnica repleta de conceitos não acessíveis ao não iniciado.

9- Função demanda, curva de demanda e significado de ceteris paribus;

Função e curva de demanda
Depois de compreendermos a teoria do valor-utilidade, o entendimento do comportamento do consumidor, em particular, e da demanda, no geral, impõe-se como uma tarefa prioritária. Como é a utilidade marginal de uma mercadoria que define seu preço e são as preferência e necessidades dos consumidores que definem a utilidade marginal de uma mercadoria, a análise da demanda dos consumidores e dos elementos que a configuram são uma das pedras angulares da ciência econômica.
Através da intuição e da observação empírica, os economistas neoclássicos indicaram que a demanda dos consumidores responde a uma série de variáveis. Mais obviamente, o preço de determinada mercadoria é fundamental, bem como os preços de bens substitutos, de bens complementares e a renda do consumidor. Como demandantes, nas suas decisões de consumo, pesam continuamente preços e utilidades, na prática o preço de todos os bens tem impacto na decisão de consumo de uma mercadoria específica.  Não menos importante são as preferências dos consumidores, que se transformam ao longo do tempo.
Matematicamente, ao gosto dos economistas neoclássicos, poderíamos definir a quantidade demandada de uma mercadoria (Qd) como uma função de seu preço (P), dos preços de outras mercadorias (P1, P2... Pn), da renda (R) e dos gostos e preferências dos consumidores (G). Assim, temos que
 Qd = F (P, P1, P2..., Pn, R, G)
Mas como cada variável afeta a quantidade demandada? Aqui temos um problema para cuja solução os economistas desenvolveram um artifício: a hipótese ceteris paribus. Com o objetivo de avaliar o impacto da variação de apenas um item na quantidade demandada, supõe-se que todas as outras variáveis permaneçam constantes. Assim, supondo que permanecem constantes os preços de todas as outras mercadorias, a renda e as preferências dos consumidores, podemos avaliar o impacto das mudanças do preço na demanda pela mercadoria. Temos, então, uma curva negativamente inclinada.

Ceteris paribus
Ceteris Paribus é uma expressão em Latim que significa tudo o mais constante. Quando estamos estudando o comportamento do consumidor diante de diferentes preços assumimos que nada mudou, tudo continua o mesmo: a renda do consumidor, a qualidade do produto, a utilidade do produto. Fazemos isso, pois somente desta forma teremos a real dimensão da quantidade demandada diante de diferentes preços.

8- Relação entre dilema econômica da sociedade (recursos escassos e necessidades ilimitadas) e decisão do consumidor (maximização de utilidade sujeita a restrição orçamentária).

Hoje iremos falar um pouco mais sobre os recursos escassos e necessidades ilimitadas além da decisão do consumidor na hora de decidir qual produto lhe satisfaz mais em comparação a sua restrição orçamentaria, e iremos apresentar um exemplo que irá ajudar muito a compreender um pouco mais sobre o assunto

A maioria das pessoas gostaria de aumentar a quantidade e a qualidade dos bens que consome, porem pessoas consomem menos do que desejam devido à restrição orçamentária. Tal restrição é “o conjunto de bens e serviços possíveis de serem consumidos por dado consumidor tendo em conta o seu rendimento disponível”. Um exemplo clássico que é dado em diversos momentos por economistas é o da pizza e Pepsi. Suponha-se que o consumidor tenha renda de $ 1.000 por mês, e decida gastar toda a sua renda em pizzas e Pepsi, sendo que um Litro de Pepsi custa $ 2 e a pizza $10, a tabela a seguir mostra algumas das muitas combinações de Pepsi e pizza que o consumidor pode comprar.
Olhando a tabela da figura podemos retirar um gráfico do qual podemos verificar todos os pontos que vão da linha A à B da qual esta linha se chama de restrição orçamentária, que mostra as combinações de consumo de que o consumidor dispõe, assim representando um tradeoff entre Pepsi e pizza.

A inclinação da restrição orçamentaria mede a taxa que o consumidor pode trocar um bem pelo outro. Mas para que se possa retirar uma conclusão do assunto, tem de levar em consideração outros fatores, tais como, as preferencias do consumidor, se há indiferença entre os bens ira ter uma curva de indiferença na qual as combinações de consumo irão proporcionar o consumidor a mesma satisfação, caso tenha diferença de satisfação entre os produtos para o consumidor ira haver uma taxa marginal de substituição da qual mede o quanto o consumidor está disposto a trocar um bem pelo outro. Outros fatores que podem alterar a curva da restrição orçamentário são o efeito de renda e o efeito de substituição.
O efeito renda é a variação de consumo que ocorre quando uma mudança de preço move o consumidor para uma curva de indiferença mais elevada ou menos elevada, já o efeito de substituição é a variação de consumo que ocorre quando uma mudança de preço move o consumidor ao longo de uma dada curva de indiferença até um ponto com uma nova taxa marginal de substituição.
Recursos escassos na economia se deve ao descasamento entre a disponibilidade de recursos e os desejos individuais. Capital, terra e trabalho, ao lado do conhecimento tecnológico e capacidade empresarial, constituem recursos de produção escassos. Deles resultam os bens e serviços que são oferecidos a sociedade para a solução de suas necessidades e necessidades ilimitadas. Mas que necessidades são essas? Podemos descrever elas em, necessidades coletivas, e individuais.
As necessidades coletivas são as que todos grupos sentem, tais como, necessidade de segurança, de defesa, de educação, saúde dentre outras. Tais necessidades são supridas em parte ou totalmente pela ação do Estado.
Já as necessidades individuais compreendem em basicamente dois grupos, o das necessidades absolutas do ser humano, isto é, relacionadas as exigências de natureza biológica, tais como dormir, comer, respirar e etc. Mas tais necessidades absolutas talvez não necessitem de alguma solução econômica. E também há as necessidades relativas, que são as que não são idênticas para todos os indivíduos, tais como normas, costumes e valores.

7- Utilidade cardinal e utilidade ordinal;

A utilidade como medida da satisfação é também chamada de utilidade cardinal, enquanto a utilidade como medida de adequação dos meios é vista como utilidade ordinal.
A diferença substancial entre uma e outra é que, enquanto a primeira ‘quantifica’ o bem-estar do indivíduo, a segunda apenas ‘ordena’ a adequação dos meios aos fins desejados. Bens são mais ou menos preferidos a medida que são mais ou menos adequados na satisfação das preferências.

Utilidade Ordinal: Individuo não sabe numerar a utilidade de determinado bem, mas sabe ordenar suas preferências. (Recursos limitados, curva indiferença).

6- Paradoxo da água e do diamante;

"Porque o diamante é muito mais caro do que a água, sendo que ela é indispensável e essencial para nós?" Essa é uma comparação para melhor explicar sobre a utilidade marginal.
Quando estamos com sede o primeiro copo de água terá grande utilidade (satisfação) mas a medida que vamos tomando mais água já estamos nos saciando e a utilidade acrescida por cada copo a mais vai decrescendo até chegar um ponto em que estando saciado não pensa em consumir mais.
Já diamantes, objetos raros e desejados, tem sua utilidade marginal muito grande.
Comparando o preço de ambos entendemos melhor. A água dada sua abundância, e pequena utilidade marginal, é muito barata, já o diamante dado a satisfação e prazer que concede, e pela sua raridade, tem grande demanda consequentemente altíssimos preços.
Para os marginalistas não é a utilidade total que importa mas sim a satisfação acrescentada a partir do momento que consumimos a próxima unidade.
Utilidade marginal: utilidade da última unidade consumida
"Não há nada de mais útil que a água, mas ela não pode quase nada comprar; dificilmente teria bens com os quais trocá-la. Um diamante, pelo contrário, quase não tem nenhum valor quanto ao seu uso, mas se encontrará frequentemente uma grande quantidade de outros bens com o qual trocá-lo." Adam Smith

Para William Stanley Jevons (1835-1882) as mercadorias abundantes serão baratas, mesmo se forem essenciais à vida, pois, a utilidade marginal a cada acréscimo de unidade delas é pequena, já mercadorias escassas, serão caras, pois cada unidade adicional traz grande satisfação, dessa forma ele terá maior disposição para pagar. 

4- Equilíbrio geral e princípio da equimarginalidade;

A Teoria do Equilíbrio Geral é um conjunto de teoremas microeconômicos. Ela procura explicar a produção, o consumo e os preços numa economia completa.
O Equilíbrio Geral tenta nos fazer entender uma economia completa utilizando uma abordagem próxima, iniciando com mercados e agentes individuais. Já a macroeconomia, desenvolvida pelos chamados economistas Keynesianos, usa uma abordagem de cima à baixo, aonde a análise inicia se em maiores escalas. Desde que a moderna macroeconomia começou a enfatizar os fundamentos da microeconomia, a distinção entre elas diminuiu. Mesmo assim, muitos modelos macroeconômicos têm simplesmente um ‘mercado de bens’ e estudam sua interação com o mercado financeiro. O modelo do equilíbrio geral geralmente refere-se à uma multidão de diferentes mercados de bens. Já os modelos de equilíbrio geral modernos são normalmente complexos e precisam de computadores para auxiliar nas soluções numéricas.
Numa economia de mercado, o preço e a produção de todos os bens são inter-relacionados. Uma mudança no preço de um bem – por exemplo, o pão – pode afetar outros valores, como por exemplo os salários dos padeiros. Se em uma das padarias o pão difere em sabor dos outros, a demanda do pão pode ser afetada pela mudança nos salários dos padeiros, com um efeito consequente sobre o preço do pão. Calcular o preço de equilíbrio de apenas um bem, em teoria, precisa de uma análise que conte com todos os milhões de diferentes bens que estão disponíveis.
Princípio de EquiMarginalidade
Princípio de que os consumidores maximizam a utilidade somente quando a utilidade marginal de todos os bens por unidade marginal de produção é idêntico. Ou seja, o consumidor tem de garantir que o valor da última unidade monetária utilizada no consumo de ambos o mesmo como no consumo do outro. Se não fosse assim, consumindo mais de um bom e menos de outro aumento a sua utilidade.

3- Utilitarismo, valor utilidade, princípio da utilidade marginal decrescente;

O Utilitarismo é uma expressão que ficou conhecida através do filósofo Jeremy Bentham porém, sua ideia foi originalmente usada por Stuart Mill. O utilitarismo tem como objetivo alcançar a extrema felicidade, mas não individual e sim coletiva. Na economia, esta doutrina se baseia na ideia de que uma ação só pode ser concretizada se o benefício for coletivo. Entretanto, o utilitarismo não se restringe apenas a economia, mas também aos aspectos políticos e sociais. Esta escola filosófica também pode ser chamada de Radicalismo Filosófico pois, busca também transformar a sociedade. Embora sejam os dois fundamentalistas dessa expressão, Jeremy Bentham e Stuart Mill divergem alguns conceitos do utilitarismo. Jeremy tinha uma visão quantificada das ações, buscando maior prazer. Enquanto isso, Stuart acreditava tanto na quantidade de prazer, quanto na sua qualidade, explorando um maior número de prazeres e mais valorosos.
O valor utilidade é uma teoria que defende o que o produto pode proporcionar ao comprador. Desse modo, o valor é atribuído ao quanto essa mercadoria pode satisfazer o indivíduo, independentemente do seu preço e de quanto foi necessário para sua produção. Assim, uma compra depende muito da preferência do consumidor, o que gera uma satisfação a um indivíduo pode não proporcionar a mesma sensação a outro, mesmo que tenham uma renda similar. Um Exemplo que pode ser usado é: será que um indivíduo que reside no Nordeste pagaria o mesmo preço por um aquecedor de ambiente do que um morador do Sul está disposto a pagar?
Uma outra teoria que é diretamente ligada as duas já apresentadas é a teoria da utilidade marginal decrescente. Esta, por sua vez, relata que quanto mais se consumimos um produto, menor passa a ser sua utilidade para nós, já que o prazer de usar essa mercadoria já foi "absorvido". Um exemplo muito simples que podemos citar é um copo cheio de água para matar a sede, o primeiro é muito satisfatório, o segunda já não traz uma utilidade tão grande e o terceiro é rejeitado, já que o prazer fora saciado pelo primeiro e pelo segundo.

1- Decisão de alocação de recursos escassos em uma economia capitalista;

 A economia é uma ciência social que tem como foco as relações entre as pessoas e as organizações na sociedade do ponto de vista da produção, da troca e do consumo de mercadorias, serviços e de bens em geral assim então estudará a alocação dos recursos disponíveis pelas pessoas participantes de uma vida em sociedade, analisando como essa última administra esses mesmo recursos escassos.
O recurso escasso pode ser o tempo, dinheiro, bens e serviços sendo algo que tem a possibilidade de acabar, ocorrendo o descasamento entre a disponibilidade dos recursos e os desejos dos indivíduos assim a quantidade de recursos que os fornecedores estão dispostos a fornecer a um dado preço é denominada a oferta e a quantidade de recursos que os consumidores estão dispostos a comprar é chamada de demanda assim fica na mão do fornecedor decidir o quanto do recurso que ele irá disponibilizar para a venda e o valor fazendo com que algo que seja escasso se torne mais caro pois poucos terão acesso e poder aquisitivo para compra-lo fazendo com que a decisão de  não produzir tudo para atender todas as pessoas que tem necessidade do recurso o valorizara em caso de ser escasso.

domingo, 16 de novembro de 2014

5-Custo de Oportunidade


Custo de oportunidade ou custo alternativo, um termo muito comum utilizado na economia para indicar o custo de algo que é representado pelo valor das oportunidades sacrificadas, que é diferente dos custos contábeis que são lançados na contabilidade de uma empresa, o custo de oportunidade é um custo implícito, que não aparece na contabilidade de uma empresa, porém é bastante utilizado para determinar a viabilidade de projetos empresariais. Custo alternativo é outro sinônimo de custo de oportunidade, por não indicar o custo resultante de não-utilização da melhor alternativa de emprego de um recurso produtivo, em outras palavras o custo de oportunidade ou alternativo deixado de lado.
Definição de custo de oportunidade em uma excreção “relação básica entre escassez e escolha”
Exemplo de custo de oportunidade: Um empresário investe R$ 100 mil em um negócio que tem um lucro anual de R$ 5 mil. Se o empresário tivesse escolhido a alternativa de fazer uma aplicação bancária poderia ganhar algo em torno de 8% ao ano, ou seja, R$ 8 mil, esse portanto é o custo de oportunidade do capital



Fonte:
Economia e Realidade. Custo de Oportunidade. 2010. Disponivel em:<www.economiaerealidade.com/2010/08/custo-de-oportunidade.html>

2- Contribuiçao de S. Jevons, K. Menger e L. Walras

Karl Menge, Leon Walras e William Stanley Jevons eram economistas, que simultaneamente sem se conhecer desenvolveram uma teoria que contra-atacava Marx, Ricardo e Smith com a teoria do valor trabalho.
Eles afirmaram que " o valor do trabalho deve ser determinado a partir do valor do produto e não o valor do produto a partir do valor do trabalho", contradizendo a teoria do valor do trabalho. Esse novo pensamento ficou conhecido como o principio da utilidade marginal, dando origem a escola neoclássica.

Karl Menger ( 1902-1985) foi um matemático austríaco. É conhecido pelo Teorema de Menger, trabalhou álgebra matemática, teoria da curva e dimensão, entre outras áreas. Contribuiu com a teoria dos jogos e ciências sociais.

Leon Walras(1834-1910) foi um economista e matemático francês, ficou conhecido pela Teoria do Equilíbrio Geral. Walras também ficou conhecido pela criação do processo "tatonnement"( tatear, em português), que descreve como determinado mercado pode atingir o equilíbrio, tendo em conta que o equilíbrio geral, conforme delimitado pela matemática, pode ano ser possível. É considerado um dos fundadores da chamada Escola de Lausanne de Economia, ou Escola Matematica. Walras defendia a livre iniciativa como instrumento para alcançar a justiça social e a justificativa matematicamente, unindo as teorias de produção, troca, moeda e capital. Estavam lançadas as bases para a teoria marginalizada.

Wlilliam Stanley Jevons ( 1835-1882) foi um economista britânico. Foi um dos fundadores da Economia NeoClassica e formulador da teoria da utilidade marginal que imprimiu novo rumo ao pensamento econômico mundial, especialmente no que se refere a questão da determinação do valor, solucionando o paradoxo utilidade na determinação dos valores das coisas( por que o pão é barato e o diamante, quase inútil, é caro?)
Defendia o uso da economia matemática, pois a economia lidava com quantidade e formulou a equação das trocas, que estabelecia a igualdade entre a utilidade marginal do item consumido e seu preço.
Jevons utilizou a matemática para alcançar seu objetivo de igualar a economia ás ciências naturais. No começo da década de 1870, simultaneamente aos trabalhos de Walras e Menger, publicou uma síntese alaborada das teorias do consumo, da troca e da distribuição, assentando assim as bases para a "revolução marginalista" que lhe seguiu. Sua principal obra foi Theory of Political Economy(1871), livro de importância relevante na historia do pensamento econômico, em que expos, de forma definitiva a teoria da utilidade marginal, desenvolvida paralelamente por Karl Menger em Viena e Léon Walras na França.

 

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Teoria Da Mão Invisível

A grande contribuição de Adam Smith para o Pensamento Econômico é exatamente a chamada “Teoria da Mão Invisível”.
Para este autor todos aplicam o seu capital para que ele renda o mais possível. A pessoa ao fazer isto não tem em conta o interesse geral da comunidade, mas sim o seu próprio interesse – neste sentido é egoísta. O que Adam Smith defende é que ao promover o interesse pessoal, a indivíduo acaba por ajudar na prospecção do Interesse Geral e coletivo. Dizia ele, que não pelo benevolência do padeiro ou do açougueiro que nós temos o nosso jantar, mas é pelo egoísmo deles, pois os homens agindo segundo seu próprio interesse é que todos se ajudam mutuamente
Neste caminho ele é conduzido e guiado por uma espécie de Mão Invisível.
Adam Smith acredita então que ao conduzir e perseguir os seus interesses, o homem acabo por beneficiar a sociedade como um todo de uma maneira mais eficaz.
Graças à mão invisível não há necessidade de fixar o preço. Por exemplo, a Inflação é corrigida por um reequilibro entre Oferta e Procura, reequilibro esse que seria atingido e conduzido pela Mão Invisível, é pois o início da Glorificação do Mercado que Adam Smith preconiza.
Fonte  http://iniciativaeconomica.wordpress.com/

Trabalhador Livre, trabalho e a força do trabalho

A teoria marxista da exploração e a realidade


 Dentre todas as vituperações e calúnias proferidas contra o capitalismo, a 'teoria da exploração' permanece sendo a mais popular — tanto nos círculos acadêmicos quanto entre os desinformados em geral.  O mais famoso defensor da teoria da exploração foi Karl Marx.
De acordo com a teoria da exploração, os lucros — na verdade, quaisquer outras receitas que não sejam convertidas em salário — representam uma dedução injusta daquilo que deveria ser, naturalmente e por direito, o salário do trabalhador.
Segundo Marx, o que possibilita a um capitalista obter uma renda superior ao salário que ele paga ao seu empregado é exatamente o mesmo fenômeno que torna possível a um dono de escravo auferir ganhos em decorrência do trabalho do seu escravo.  Mais especificamente, um trabalhador é capaz de produzir, em menos de um dia inteiro de trabalho, os bens de que ele necessita para ter a força e a energia necessárias para labutar um dia inteiro de trabalho.
Para utilizar um dos exemplos fornecidos pelo próprio Marx, um trabalhador é capaz de produzir em 6 horas todos os alimentos e todas as necessidades de que ele precisa para ser capaz de trabalhar 12 horas.  Estas 6 horas — ou qualquer que seja o número de horas necessárias para o trabalhador produzir essas suas necessidades — são rotuladas por Marx de "tempo de trabalho necessário".  Já as horas que o trabalhador trabalha além do tempo de trabalho necessário são rotuladas por Marx de "tempo de trabalho excedente."
Assim como o 'tempo de trabalho excedente' representa a fonte de ganho do dono de um escravo, ele também representa, de acordo com Marx, a fonte de lucro do capitalista.
Quando o trabalhador trabalha 12 horas para um capitalista, seu trabalho, de acordo com Marx, acrescenta aos materiais e aos outros meios de produção consumidos na manufatura do produto final um valor intrínseco correspondente a 12 horas de trabalho.  E, por sua vez, se estes materiais e outros meios de produção demandaram 48 horas de trabalho para serem produzidos, então o produto final conterá estas 48 horas de trabalho mais as 12 horas adicionais de trabalho desempenhado pelo trabalhador.  O produto final, portanto, terá um valor total correspondente a 60 horas de trabalho.
Sendo assim, o processo de produção, de acordo com Marx, resultou em um acréscimo de valor igual às 12 horas de trabalho do trabalhador.  Este valor adicionado pelo trabalho do trabalhador será dividido entre o trabalhador e o capitalista na forma de um salário para o primeiro e de um lucro para o último.  O valor que o capitalista deve pagar como salário, diz Marx, é determinado pela aplicação de um princípio supostamente universal de valoração da mercadoria — a saber, a teoria do valor-trabalho. 
O capitalista irá pagar ao trabalhador um salário correspondente às horas de trabalho necessárias para produzir suas necessidades — em nosso exemplo, 6 horas — e irá embolsar o valor acrescentado pelas 12 horas de trabalho do trabalhador.  Seu lucro será aquilo que sobrar após deduzir o salário do trabalhador, e irá corresponder exatamente ao 'tempo de trabalho excedente' do trabalhador.
Este exemplo pode ser facilmente expressado em termos monetários ao simplesmente assumirmos que cada hora de trabalho efetuado na produção de um produto corresponde a $1 acrescentado ao valor do produto.  Assim, os materiais e os outros meios de produção utilizados valiam $48, e o produto resultante da aplicação de 12 horas de trabalho do trabalhador vale $60.  As 12 horas de trabalho do trabalhador acrescentaram $12 ao valor do produto.
O lucro do capitalista supostamente advém do fato de que, para as 12 horas de trabalho efetuadas pelo trabalhador, com seu correspondente acréscimo de $12 ao valor do produto, o capitalista paga um salário de apenas $6.  Este valor corresponde ao tempo de trabalho necessário para produzir as necessidades de que o trabalhador precisa para desempenhar suas 12 horas de trabalho.  O lucro do capitalista, portanto, representa a "mais-valia", que corresponde ao "tempo de trabalho excedente".

 por George Reisman  
 http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1368 acesso em 16/10/2014